terça-feira, 14 de abril de 2015

Açude de 10,5 milhões de euros é armadilha mortal para peixes no Tejo

Açude de Abrantes
João Batista (Diário de Notícias, 14/04/2015) notícia mais um desastre ambiental com causas diversas, uma, de origem natural - a seca que se faz sentir em Portugal e, outras, de origem humana - a construção do açude e o desvio das águas do Tejo pelos espanhóis.
Trata-se de um exemplo de intervenção humana que, como acontece frequentemente, só à posteriori se revela um erro de opção humana. Ao interferir no curso natural do rio impede-se a passagem dos peixes com reflexos negativos, para as espécies atingidas, e para a própria economia local.



Escada passa peixes no açude insuflável de Abrantes.
 Foto: mediotejo.net
 Demorou solucionar a polémica criada com a construção do açude de Abrantes e as consequências negativas na migração de peixes. Segundo a notícia publicada pelo jornal regional mediotejo.net (12/julho/2020), da autoria de Mário Rui Fonseca, A pressão da água na escada passa peixe do açude insuflável de Abrantes foi regulada pelos serviços da Câmara Municipal e os milhares de peixes ali retidos já recomeçaram a subir o rio Tejo para montante. Quatro dias antes, em 8 de julho, um vídeo inserido no Youtube, mostrava a tragédia ambiental da qual resultava a morte de um elevado número de peixes impedidos de ultrapassarem este obstáculo.

O açude de Abrantes é uma obra de engenharia construída em 2004 e ocupa uma extensão de 240 metros. O seu custo rondou os 10 milhões de euros e a finalidade é o seu uso para desporto e lazer. O açude permite a existência do maior espelho de água em meio considerado urbano e a prática de desportos aquáticos.
Mas, nem tudo são vantagens. Por exemplo, quando a corrente está muito forte, é perigoso para banhistas e canonistas.
 

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