quinta-feira, 16 de julho de 2015

Século XXI: estagnação ou rutura tecnológica?

O professor António Costa Silva, assina mais um interessante artigo de opinião (edição do semanário Expresso, 11/07/2015) sobre o papel que a ciência e a tecnologia têm na evolução da sociedade e o impacte que, ouso acrescentar, terão na organização do próprio espaço geográfico. Segundo afirma o professor do IST (Instituto Superior Técnico), em 1950 o PIB mundial era de 5 triliões de dólares. No início do século XXI, era de 50 triliões de dólares. Tal aumento resultou da capacidade de invenção e criatividade da raça humana: grandes invenções como o motor de combustão interna, a eletricidade, o automóvel, o avião, o telefone, a televisão, o computador, a internet, provocaram mudanças na localização de pessoas e das atividades, no modo como se circula e comunica, nas relações de trocas entre continentes, regiões e países, na hierarquia dos povos, no dia a dia do simples cidadão. Há, diz, ainda, quem questione se a inteligência artificial, a robótica e as nanotecnologias, o big data, a impressão 3D, invenções já do século XXI,  alcançarão o mesmo efeito que as invenções que marcaram o século passado. Para as próximas décadas,
o professor A. Costa Silva, refere que novas descobertas estão em curso, as quais, pelas consequências que se perspetivam, mudarão o mundo. O gás de xisto, o carro do futuro e a armazenagem de energia à escala da rede são as razões das três revoluções que estão em desenvolvimento.
O shale gas nos EUA e o impacte brutal que está a ter sobre a matriz energética mundial provocou, já, a maior mudança estrutural no mercado de energia. Novas vias de exploração e produção do mais limpo dos combustíveis fósseis está a levar o gás a substituir o carvão na geração elétrica e a provocar alterações nos transportes dada a redução de emissões de CO2 (dióxido de carbono).
Nos transportes, ao nível da construção do carro do futuro, este será uma combinação de hardware, software, sistemas de armazenamento de dados, microprocessadores, sensores, tudo invenções oferecidas pelas indústrias de ponta, não tradicionais.
Na geração elétrica e térmica, para além das vantagens que advirão da melhor eficiência energética, na gestão da procura, no consumo inteligente, nas energias renováveis, nas redes e nos contadores inteligentes, a armazenagem da eletricidade à escala da rede prefigura-se como a grande descoberta deste século ao nível da geração elétrica.
http://leitor.expresso.pt/#library/expresso/semanario2228/expresso-2228/opiniao/Antonio-Costa-Silva
 

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