Félix Ribeiro, é o autor desta interessante notícia sobre uma decisão surpreendente tomada pelo governo chinês (edição de 29/10/2015, Público). A partir de agora, os casais podem solicitar autorização para ter um segundo filho, uma alteração que, todavia, não deve resolver os graves problemas na evolução da sua demografia recente.
Consequência de uma medida imperativa anti-natalista de 1979, a República Popular da China enfrenta, de facto:
- o envelhecimento populacional
- um desequilíbrio entre sexos (ao contrário do que se passa em Portugal, por exemplo, na China há, hoje, 105 homens para cada 100 mulheres)
- um número crescente de homens solteiros (" Daqui a cinco anos, haverá 30 milhões")
- uma taxa de natalidade muito baixa (35 anos de política do "filho único" conduziram a práticas desumanas como, por exemplo, infanticídio feminino, abortos selectivos em favor de bebés homens, esterilizações forçadas, impedimento do nascimento de cerca de 400 milhões de bebés)
- diminuição, pela primeira vez, da população ativa em 2012.
http://www.publico.pt/mundo/noticia/china-poe-fim-a-politica-de-filho-unico-1712712
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Em 1 de janeiro de 2016, a República Popular da China colocou em vigor a emenda à lei do planeamento familiar que vigorou nos últimos 35 anos, a lei do filho único. Para já, os casais passam a ter a possibilidade legal de conceberem dois filhos.
http://observador.pt/2016/01/01/china-entra-na-era-dos-dois-filhos-casal-apos-35-anos-filhos-unicos/