O astronauta Terry W. Virts, em missão no espaço, manifestou estar ansioso pelo resultado do jogo da final do Europeu de Futebol de 2016. A propósito, publicou duas belas imagens, uma da Europa, antes do encontro França-Portugal, e, outra, da Penínula Ibérica, depois da final, com uma saudação ao país vencedor.
Em 10 de julho, dia em que Portugal conquistou o campeonato europeu de futebol. 
Do ponto de vista geográfico, as duas imagens são muito sugestivas quanto às

Fotos do astronauta Terry W. Virts

irregularidades na distribuição da população.
Quer à escala peninsular, quer à escala continental, as áreas mais iluminadas são as mais densamente povoadas. Em Portugal, destacam-se a região de Lisboa, ( duas margens do curso terminal do rio Tejo), o litoral norte e centro (um continuum de Lisboa até Viana do Castelo)e, ainda o litoral algarvio (costa meridional). O Alentejo, do litoral ao interior, mostra alguns pequenos focos iluminados coincidentes com as principais cidades, nomeadamente, Sines, Évora, Beja e Portalegre. O interior centro e norte, de igual modo, expõe a reduzida dimensão populacional exceto onde as cidades médias e pequenas se localizam. 

Em Espanha. o maior foco identificável é a capital do Reino, Madrid, o litoral andaluz, com Sevilha a impôr-se como grande cidade, e de um modo geral, o restante litoral mediterrâneo até à Catalunha.
Na foto da Europa publicada por Terry Virt, o grande foco populacional mundial constituído pela Europa que foi berço da primeira fase da revolução industrial, aquele que foi o centro do mundo até à emergência dos Estados Unidos da América como grande potência mundial, continua a ser, hoje, o "Triângulo vital europeu", também, conhecido como "Banana Azul", onde se concentram as principais cidades, muitas delas, macrocidades, os principais centros de decisão financeira, das mais antigas e prestigiadas universidades, onde, ainda, as redes densas e diversificadas de transporte e comunicação alimentam uma enorme acessibilidade: Inglaterra, Holanda, Bélgica, Alemanha, nordeste e sudeste da França e o Norte da Itália. Aqui, nesta imagem, estão bem patentes as regiões mais despovoadas e as que ocupam, por isso, uma posição mais periférica em relação à Europa mais rica e produtiva.

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