A Terra muda sem cessar de forma

ESA

Baruch Jacques-Olivier, jornalista, assina o artigo na revista francesa  SCIENCES ET AVENIR , publicado em 29 de abril de 2017, sobre as razões que justificam as mudanças de forma do nosso planeta.

Habitualmente, afirmamos que a Terra é esférica. Globalmente, é! Mas, considerando que:

• As massas terrestres se repartem heterogeneamente, tanto à superfície como na profundidade da crusta e do manto
•  A densidade dos materiais que as compõem é diferenciada
• Algumas  partes do manto são mais espessas que outras

localmente podem ocorrer modificações no campo da gravidade.

Por exemplo, há muitas formas de representação do globo terrestre que mostra um ligeiro achatamento da Terra nos polos e um aspeto bojudo no equador. Costumamos afirmar que, a Troposfera, tem uma altitude média de 10 Km de espessura o que se explica por o raio terrestre polar ser mais curto que o raio equatorial.

Sabemos, também, que o peso das massas geladas interfere na forma da Terra. Quando da última glaciação a calote polar, no hemisfério Norte, era muito mais extensa para Sul do que hoje. Parte da América do Norte e a Escandinávia, por exemplo, estavam sob gelo (os Cinco Grandes Lagos na fronteira entre o Canadá e os EUA são de origem glaciária, nomeadamente). Com as temperaturas atuais, interglaciárias, o gelo desapareceu em parte e, com o chamado e comprovado aquecimento global, as áreas antes cobertas de gelo têm sofrido um aumento de altitude à medida que acontece a fusão do gelo.