terça-feira, 23 de maio de 2017

Migrações e sustentabilidade demográfica: o que está em causa?


Vídeo publicado pela FFMS a propósito da apresentação de "Migrações e sustentabilidade demográfica: perspectivas de evolução da sociedade e economia portuguesas", um estudo realizado entre outubro de 2015 e janeiro de 2017 por uma vasta equipa pluridisciplinar composta por investigadores universitários.
Sendo um estudo financiado pela FFMS - Fundação Francisco Manuel dos Santos - a sua leitura está disponível , através de download gratuito, em www.ffms.pt
Na Introdução, publicada em livro à parte, pode ler-se que:


  • O estudo pretende avaliar as tendências de evolução futura da população residente em Portugal, tendo em conta os volumes de migração que serão necessários para assegurar a sua sustentabilidade.
  • Numa vertente demográfica, pretende‐se avaliar a dimensão do saldo migratório necessário para a compensação do processo de envelhecimento e declínio populacional. 
  • Numa vertente económica, o objetivo é avaliar a satisfação das necessidades futuras de recursos humanos, no total e por níveis de qualificação, calculando as migrações necessárias à reposição da força de trabalho. 
  • Numa vertente de políticas sociais, pretende‐se conhecer o impacto das migrações no equilíbrio do sistema previdencial da Segurança Social, em particular no caso do sistema de pensões de velhice.
  • A noção fundadora do estudo é a de “migrações de substituição”. Esta noção começou a ser amplamente debatida desde que as Nações Unidas publicaram, em 2000, um relatório intitulado Migrações de substituição: uma solução para populações em declínio e envelhecimento? (ONU, 2000). 
  • Neste documento, as migrações de substituição são definidas como o volume de migrantes necessário para compensar o decréscimo do saldo natural da população (diferença entre nascimentos e óbitos) e evitar a progressão do declínio e envelhecimento populacional.
Na conclusão do estudo, os autores concluem que:                
  • Portugal precisa de imigrantes e não pode perder tantos emigrantes. 
  • A existência de saldos migratórios positivos (mais entradas do que saídas) é vital para a sustentabilidade do país. 
  • A nível demográfico, a população residente em Portugal sofrerá um declínio e envelhecimento acelerado nas próximas décadas se não for compensada por migrações. 
  • A nível económico, os dados evidenciam como as necessidades de recursos humanos esperadas superam, mesmo num cenário de crescimento baixo, a evolução populacional esperada sem migrações – especialmente considerando recursos humanos com qualificações superior.
  • Ao nível da Segurança Social, identifica‐se um impacto positivo das migrações no equilibro financeiro da conta das pensões de velhice do sistema previdencial.
https://ffms.pt/FileDownload/56685d96-fa76-410f-ae4d-e7434b56f45d/migracoes-e-sustentabilidade-demografica
 

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