![]() |
IPMA - Um anticiclone persistente a afetar a península |
A imagem ao lado foi capturada na página eletrónica do IPMA - Instituto Português do Mar e da Atmosfera -, hoje, 12 de novembro de 2017, e revela-nos a razão da persistência temporal da seca que, de modo muito grave, está a afetar o nosso território. As notícias que os diversos meios de comunicação vão divulgando corroboram duas evidências que são perceptíveis, quer de forma empírica - qualquer um de nós se espanta com o tempo que faz - quer pelos dados estatísticos que são disponibilizados. Por exemplo, se consultarmos o Resumo Climático do mês de outubro do IPMA, podemos consultar gráficos e um mapa de Portugal Continental que apontam para um mês de outubro:
- excecionalmente quente
- o mais quente desde 1931
- com o valor médio da temperatura média do ar cerca de 3ºC acima do valor normal
- marcado por 2 ondas de calor, de 1 a 16 e de 23 a 30, que abrangeram o território continental, com exceção das regiões do litoral
- extremamente seco
- com um valor médio de precipitação que corresponde a 30% do valor normal
- o mês mais seco dos últimos 20 anos
- afetado por valores altos de evapotranspiração e valores significativos de défice de humidade do solo.
Resultado das situações anómalas de temperatura, precipitação e capacidade de água disponível no solo, o índice meteorológico de seca - PDSI ( Palmer Drought Severity Index - Índice que se baseia no conceito do balanço da água tendo em conta dados da quantidade de
precipitação, temperatura do ar e capacidade de água disponível no solo; permite detetar a ocorrência de períodos de seca e classifica-os
em termos de intensidade (fraca, moderada, severa e extrema) classificava o território continental como estando em
- seca severa: 24.8% e
- seca extrema: 75.2%
![]() |
As explicações para um facto que se começa a tornar um drama em algumas regiões de Portugal |
Na sua edição de 12 de novembro de 2017, o Expresso colocou à disposição dos seus leitores um vídeo divulgado no Primeiro Jornal do canal generalista da SIC que, para além das imagens chocantes proporcionadas pela seca prolongada, permite-nos ouvir a opinião do nosso maior especialista em alterações climáticas, o professor Filipe Duarte Santos, atual Preseidente do Conselho Nacional do Ambiente e Desenvolvimento Sustentável.