De acordo com estimativas do Banco Mundial (BM), em 2017, o PIB global era de 80 biliões de dólares (1 bilião=1.000.000.000.000). Através deste gráfico - diagrama de Voronoi - é possível mostrar o contributo de diversas economias na composição total. Como é fácil de identificar, as seis principais economias são as dos EUA (24,4%), China(15,4%), Japão (6,13%), Alemanha (4,63%), Reino Unido (3,3%) e Índia (3,27%). Sem dúvida, é notória o grande destaque entre as duas primeiras economias - 39,8% do total - e as quatro seguintes: 17,33% do total, seis economias responsáveis por mais de metade do PIB mundial: 57,13%! Estes números espelham as assimetrias a nível global e, ao contrário do que era o
panorama há umas décadas, não podemos afirmar que traduzam os dois grupos de países que se evidenciavam na segunda metade do século XX, de um lado, os ricos, os mais industrializados, os de modelo ocidental, e, do outro, os pobres, os de economia tradicional, muitos deles, ex-colónias e que integraram o modelo socialista. A Geopolítica mundial acompanha as mutações económicas e sociopolíticas e, prova disso, é verificarmos que, a China, um dos maiores países do mundo, tal como os EUA, alcançou já o segundo lugar na economia mundial. Tal feito é tanto mais extraordinário se nos lembrarmos que, para tal, foi preciso que este gigante da economia mundial abandonasse o modelo económico socialista (embora mantenha um sistema político autoritário e centralizado) e fizesse o seu novo percurso desde os finais dos anos 80 do século passado, após as reformas de Deng Xiaoping. Aliás, a dimensão de um país influi necessariamente na capacidade evolutiva da economia de um país se, em paralelo, o respetivo território for rico em recursos endógenos. Outros exemplos podem corroborar esta ideia, nomeadamente, dentro dos apelidados países económicamente emergentes. São os casos da Índia cuja economia ultrapassou a da França; o Brasil que, com o seu 8º lugar no ranking geral do PIB mundial passou a Itália e a Turquia que, com o seu 17º lugar no mesmo ranking, já está à frente da Holanda.
Estes dados são uma amostra que aponta para uma realidade inquestionável: a perda de importância da Europa no contexto da economia mundial. Algo que dá força àqueles que defendem acerrimamente a manutenção da União Europeia: unida a Europa manter-se-á como um dos polos mundiais. Desunido, envelhecido e em regressão demográfica, a velha Europa dificilmente sobriveverá.