domingo, 11 de novembro de 2018

Tendências demográficas globais: alguns apontamentos

CREDIT Graphic: NTNU
Mais altos, mais pesados, consumindo mais calorias e com maior esperança média de vida ...
São conclusões a que chegaram investigadores da Universidade Norueguesa de Ciência e Tecnologia. Programa de Ecologia Industrial e que surgem no estudo publicado na revista científica EurekaAlert, The Global Source for Science News.  De acordo com o estudo do professor Daniel B. Müller e dos seus colegas Felipe Vásquez e Vita, entre 1975 e 2014, as mudanças que se operaram na população de 186 países mostraram que, em
média, as pessoas ficaram mais:

  • Altas
  • Pesadas
  • Envelhecidas
  • Consumidoras de calorias.
Tais mudanças exigem produções alimentares mais volumosas o que, necessariamente, vai significar maior pressão sobre o ambiente e o aumento do risco para a sobrevivência da biodiversidade. 
Um adulto médio em 2014 era 14% mais pesado, cerca de 1,3% mais alto, 6,2% mais velho e precisava de 6,1% mais energia do que em 1975.
Um adulto global médio consumiu 2465 quilocalorias por dia em 1975. Em 2014, o adulto médio consumiu 2615 quilocalorias
Mas estas alterações demográficas, apesar de revelarem uma tendência global, o certo é que revelam assimetrias espaciais como sucede com qualquer variável demográfica.
Existem variações consideráveis ​​entre os países. Ganho de peso por pessoa de 1975 a 2014 variou de 6 a 33 por cento, e o aumento da necessidade de energia variou de 0,9 a 16 por cento.
Uma pessoa média de Tonga pesa 93 quilos. Um vietnamita médio pesa 52 quilos. Isso significa que o povo de Tonga precisa de mais 800 quilocalorias por dia - ou cerca de quatro tigelas de aveia.
Proporção da população idosa independente
 ou com baixa, média ou alta dependência
por sexo e faixa etária em 2015, 2025 e 2035
Um outro artigo publicado na revista The Lancet, aponta para um problema sério que está a afetar, já, os países mais envelhecidos e que é um alerta social, económico e, principalmente, político, e o qual exige decisões relevantes. Trata-se de acréscimo do número de idosos da "quarta idade", isto é, os que vivem para além dos 85 anos e que, pela sua longevidade, necessitam de atendimento 24 horas por dia.  O estudo refere-se à população idosa em Inglaterra e aponta para um agravamento da situação para os próximos 20 anos. Segundo a professora Carol Jagger, do Newcastle University Institute for Aging, "O desafio é considerável". Mesmo contando com o papel dos cuidadores informais de âmbito familiar, os serviços sociais devem precaver as necessidades crescentes dos que, pela sua idade avançada, mais dependentes se tornarão de cuidados assistenciais públicos.
 

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