favorece o recrudescimento dos nascimentos. Como ilustra o gráfico ao lado, quanto mais escolarizadas são as raparigas mais baixa a fecundidade. Melhor informadas e com maior escolaridade as raparigas e as jovens mulheres têm menos filhos.
Dois exemplos:
- Nigéria - o país mais povoado de África, uma população jovem e numerosa, apresenta uma probabilidade superior a 90% de atingir o triplo do número de habitantes em 2100, isto é, 540 milhões. Mais de 1/3 das raparigas deixa a escola primária e 10% delas nem frequentam a escola.
- Níger, o país mais fecundo de África, com uma média de 7,2 filhos por mulher, poderá assistir a um acréscimo para o triplo dos seus atuais 22 milhões de habitantes em 2100. A acontecer, será algo de muito problemático num país 80% desértico.
Neste planisfério demográfico são apontados vários outros casos além dos da Nigéria e do Níger. O exemplo do Gana vem corroborar a relação direta entre escolaridade e fecundidade. Desde 1970, o país apostou num esforço contínuo na escolarização das raparigas o que resultou, entre 1970 e 2015, numa quebra de 7 para 4 filhos por mulher escolarizada. No mapa, também, vemos o acréscimo de 400% de população esperado para a África subsariana, um valor para o qual há uma probabilidade de 80% que seja atingido em 2100.
Ainda, na legenda do mapa, podemos verificar as fortes assimetrias no número de crianças por mulher à escala planetária:
- 1,2 a 1,7 - Canadá, Brasil, China, Japão, países da Europa Central e da Europa Mediterrânica
- 1,8 a 2,2 - EUA, Europa Nórdica, França, Reino Unido, Rússia, Austrália
- 2,3 a 2,6 - África do Magrebe, África do Sul, Índia, Indonésia, América Latina (exceto Brasil)
- 3,7 a 7,2 - África Subsariana.