O World Resources Institute (WRI), através do projeto Aqueduct, tem vindo a publicar informação detalhada e quantificada sobre as disponibilidades de água à escala global e regional. Em 6 de agosto de 2019, foi divulgado o mais recente planisfério elaborado a partir de um vasto conjunto de dados sobre 189 países. Do Atlas de Risco da Água do Aqueduct atualizado pelo WRI (que classifica o stress hídrico, o risco de seca e o risco de inundações) sobressai um grupo de 17 países a que é atribuída um stress hídrico "extremamente alto". Sucede que, estes países, cobrem cerca de um quarto da população mundial. Preocupante é o facto da agricultura, a indústria e os municípios destes países estarem a consumir cerca de 80% das águas superficiais e subterrâneas disponíveis num ano médio. Insegurança alimentar, conflitos sociais, migrações e instabilidade financeira
são consequências muito prováveis deste gravíssimo problema que é o stress hídrico a nível mundial. A Península Ibérica é uma das áreas sujeitas a stress hídrico e, no caso particular de Portugal, a oposição norte/sul será agravada nas próximas décadas.
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O risco de seca em Portugal é médio a norte do rio Tejo e médio-alto a sul |