domingo, 28 de junho de 2020

Infografia: Como aprendem os portugueses


 Este é  terceiro livro da série "Os portugueses" publicada pela FFMS e pela Pordata no décimo ano da existência da Fundação. Depois de "Como nascem e morrem os portugueses" e de "Como crescem os portugueses",, segue-se o "Como aprendem os portugueses", uma publicação em que a autora, Luísa Canto e Castro Loura, com base num estudo exaustivo de inúmeros dados coletados ao longo de anos, faz um retrato da evolução do ensino em Portugal e destaca as principais mudanças operadas, particularmente, depois do ano de 1975. Como sucede com as anteriores publicações, também, esta é acompanhada de uma infografia que sintetiza os aspetos essenciais do texto do livro. Sendo extenso e deveras elucidativo o seu conteúdo, permito-me aludir à sua conclusão. O que diz a autora? Que:

Ao longo deste texto foram os números que contaram algumas histórias:

  • «Evolução (demasiado lenta) da escolarização entre 1960 e 1974»
  • «Democratização do ensino a partir da Revolução de Abril»
  • «Alargamento do ensino superior» «Consolidação do ensino profissional» «Evolução da qualidade do ensino e consequente
  • redução do abandono escolar precoce»

Também foi com números que se traçou o retrato do actual sistema de ensino e se descreveram as suas dinâmicas e os fluxos de transição e mobilidade de alunos — entre anos curriculares, entre níveis de ensino e entre modalidades.

Foram ainda os números que sinalizaram alguns pontos de destaque:

  • a notável robustez e consolidação de critérios de avaliação por parte dos professores;
  • o papel dos exames enquanto referentes e calibradores do sistema;
  • o esforço e a complexidade do trabalho das escolas — grande diversidade de ofertas, grandes agrupamentos de escolas, acolhimento de alunos com necessidades educativas especiais;
  • o acompanhamento eficaz dos alunos que se deixaram atrasar.

Mas também de apreensão:

  • o efeito mediático do concurso nacional de acesso ao ensino superior nas decisões de alunos, famílias e escolas;
  • a necessidade de financiamento de medidas que visem a recuperação precoce dos alunos;
  • a escassez de diplomados nos mestrados em ensino (quando se avizinha a saída por aposentação do grande grupo de professores que entraram na carreira no período de maior crescimento da escolarização no pós‐25 de Abril);
  • o desequilíbrio de género e a necessidade de criarformas de motivação para o estudo focadas no universo masculino de alunos, sob pena de o país vir a perder um capital humano precioso face ao cada vez mais reduzido número de jovens.







 

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