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A Revolução Industrial na Europa
Já é longo o "casamento" entre a História e a Geografia, uma união que permite perceber a Geopolítica à escala de observação do momento. Entender o enorme poder adquirido pelo Reino Unido até à Primeira Guerra Mundial remete-nos, necessariamente, para o período histórico contemporâneo vulgarmente conhecido por Revolução Industrial. Não existe uma data precisa, houve, sim, um conjunto de acontecimentos que culminaram na maior mudança civilizacional desde a Revolução do Neolítico. Como diz o texto da El Ordem Mundial, de uma sociedade e economia de caráter rural e agrário passou-se a outras urbanas e industriais. Processo de transformação tecnológica, económica, social e política, iniciado na segunda metade do século XVIII em Inglaterra, estendeu a sua primeira fase até meados do século XIX. A partir de então, difundiu-se por grande parte da Europa atingindo-a de modo precoce ou débil, de acordo com a existência, ou não, de recursos do subsolo indispensáveis à produção industrial. Jazidas de carvão, minas de ferro, rios navegáveis e canais foram, e ainda são, fatores explicativos da distribuição da indústria europeia. Mas, não só. Os modelos políticos vigentes e o maior ou menor grau civilizacional vigente em cada país ou reino, à época, teve um papel preponderante. Como observámos no mapa relativo ao período de expansão da industrialização europeia, de Londres a Génova, numa extensa região que inclui países ou áreas de países atuais como Países Baixos, Bélgica, Luxemburgo, França (Norte), Alemanha (Ocidental) e Itália (Norte), identificámos matérias-primas indispensáveis à siderurgia e das principais áreas industriais, muitas destas localizadas nos países continentais onde a industrialização foi precoce. Atualmente, a Banana Azul Europeia, apresenta um traçado cartográfico coincidente. Um conceito criado para realçar o grande eixo industrial europeu, de modo idêntico, a banana azul tem um dos polos na Inglaterra e estende-se até ao Norte de Itália, abarcando a Bélgica, os Países Baixos ou a Bacia Renana alemã. Traduzindo as vantagens adquiridas com o longo processo desde meado do século XIX, esta ampla região carateriza-se pelo seu maior poder de compra na UE, pelos seus maiores investimentos, as suas menores taxas de desemprego, maior qualidade do trabalho e, consequentemente, salários mais elevados.