Infografia: Quase 30% das linhas de comboio foram desativadas.

Mais uma infografia dedicada à situação evolutiva da rede ferroviária em Portugal Continental ao longo dos últimos 48 anos - 1974 a 2022. Seguindo um modelo em que se valorizou o uso do automóvel pessoal, símbolo de ascensão social, e o transporte rodoviário quer de passageiros quer de mercadorias, o país favoreceu a construção de auto-estradas e foi abandonando o comboio. Claro que este não terá sido o único fator. A emigração dos anos 60 do século passado e o despovoamento crescente do interior, serviu de justificação para a desativação de vários troços das linhas ferroviárias, na maior parte dos casos, em áreas mais afastadas do litoral. Atualmente, o combate às alterações climáticas, suscita uma mudança nas opções nos meios de transporte, A União Europeia pretende reduzir drasticamente o aumento da temperatura e, entre as diversas medidas inseridas na política ambiental, há uma que aponta para a redução da poluição ambiental provocada pela excessiva circulação rodoviária. Para tal, na sua política de transportes para os 27 Estados membros, definiu o comboio como um meio preferencial para o transporte de mercadorias. O comboio numa rede electrificada polui muito menos e permite retirar inúmeros camiões das estradas. A recente divulgação da construção da futura rede de alta velocidade no país, é uma decisão que já deveria ter sido concretizada pois, a rede de transportes europeia, inclui esta ligação num dos Corredores multimodais desenhados. Internamente, pretende-se, igualmente, revigorar a rede ferroviária, especialmente, na chamada rede suburbana.