sábado, 16 de agosto de 2014

Panamá: 100 anos a ligar o mundo

Uma infografia animada, de Célia Rodrigues, João Pedro Pereira e José Alves, disponível no jornal Público de 15 de agosto, que aponta para o significado do canal do Panamá no tabuleiro do xadrez das comunicações internacionais.

Desde a descoberta da passagem do Oceano Atlântico para o Pacífico no extremo Sul do continente americano por Fernão de Magalhães (1520) pelo, então, batizado  Estreito de Magalhães, que a ideia de uma passagem mais a Norte era uma pretensão. Contudo, só no século XIX, o projeto de implementação de um canal começou a concretizar-se, primeiro, orientado pelos franceses e, após várias peripécias, retomado pelos norte-americanos em 1904. Muitos foram os acontecimentos que marcaram a construção deste empreendimento de uma indiscutível importância geoestratégica mundial. A própria existência da República do Panamá teve origem na reação do governo dos Estados Unidos ao veto do Parlamento colombiano que recusou a concessão do canal. Após um curto bloqueio a todos os portos do Panamá, foi proclamada a República do Panamá e, dias depois, assinado o acordo concedendo a construção e exploração do canal aos Estados Unidos, facto que se manteve até 1999. A partir do alvor do novo século, o canal do Panamá continua a suscitar ambições de denominação. Hoje, é a China que instala a sua capacidade de grande potência comercial substituindo o papel desempenhado, ao longo do século XX, pelos norte-americanos. 
Para além das jogadas entre os principais protagonistas deste mundo multipolar surgido com a Queda do Muro de Berlim, a Portugal também interessa o Canal do Panamá e o reflexo que novas rotas possam ter no reforço da importância dos nossos portos localizados na "confluência das principais rotas marítimas internacionais" com destaque para o de Sines, um porto de águas profundas.


http://www.guiageo-americas.com/mapas/canalpanama.htm
http://www.diplomatique.org.br/acervo.php?id=5
 

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