Artigo de Cristina Pombo (semanário Expresso) a propósito do relatório do Painel Intergovernamental sobre as Alterações Climáticas (IPCC), divulgado em Copenhaga em 2 de novembro de 2014.
Segundo os especialistas responsáveis pelo estudo, para que tal meta seja alcançada até 2050, as energias renováveis devem cobrir 80% das necessidades energéticas mundiais.
Esta conclusão consta de um relatório divulgado este domingo (2/11/2014) em Copenhaga.
Para atingir este objetivo, diz ainda o relatório, as energias renováveis terão de passar dos atuais 30% para 80% no setor energético até 2050.
http://expresso.sapo.pt/combustiveis-fosseis-devem-ser-substituidos-ate-2100=f896356
http://www.quercus.pt/comunicados/2014/marco/3531-relatorio-do-ipcc-sobre-impactes-das-alteracoes-climaticas-revela-futuro-ameacador-para-a-europa
Para o planeta não aquecer demais é preciso parar já as emissões de dióxido de carbono
Na notícia de Laurence Caramel (Le Monde) é enfatizada a gravidade da situação e o alerta para as responsabilidades dos Estados nas soluções necessárias.
"A ciência falou. Não há ambiguidades na sua mensagem. Os governos devem agir. O tempo está contra nós" - resumiu Ben Ki-moon, secretário geral das Nações Unidas.
Ao longo de 25 anos, os avisos do IPCC têm sido cada vez mais convincentes.
Em 1990, o aumento de temperatura global foi entendido como estando dentro das espectativas dos modelos climáticos então formulados. As variações climáticas registadas foram consideradas como de origem natural.
Em 1995, no segundo relatório, contudo, os cientistas admitiam como pouco provável que, o aumento de temperatura nos últimos 100 anos, fosse apenas de origem natural.
No terceiro relatório, em 2001, foram apresentadas provas que atribuíam às atividades humanas a causa da maior parte do aquecimento global nos últimos 50 anos.
Em 2007, com o quarto relatório, o IPCC, galardoado com o prémio Nobel da Paz, afirma com uma elevada probabilidade de 90%, que as alterações climáticas associadas ao aumento da temperatura eram consequência de causas antropogénicas.
Agora, em novembro de 2014, está margem de probabilidade, é de 95%.