A seca em Portugal, os recursos hídricos e a actividade agropastoril

MONITORIZAÇÃO AGROMETEOROLÓGICA E HIDROLÓGICA, 30/09/2017

De acordo com o IPMA, no período de tempo entre 1945 e 2017, a extensão territorial, em percentagem, nas diferentes classes de seca calculadas pelo índice PDSI (situação a 30 de setembro), houve três anos em que a seca foi mais marcada no respetivo mês de setembro: 1945, 2005 e 2017. Comparando os valores nesses três meses, aquele em que a seca severa atingiu maior expressão foi, sem dúvida, o mês de setembro de 2017.

Sem chuva e com temperaturas acima do normal para a época, naturalmente que os níveis de água armazenados por bacia hidrográfica, neste caso, a 30 de setembro de 2017, têm que refletir as anomalias verificadas. De novo, as assimetrias geográficas do país sobressaiem, em particular, a percentagem do volume total disponível na bacia do rio Sado. 

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Como vimos atrás, ama das consequências mais gravosas do tempo seco que nos tem afetado é a redução dramática das disponibilidades hídricas. Segundo os dados recolhidos, a situação é mais expressiva no sul do país com particular destaque para a região alentejana e no que concerne à presença de água no solo.

Percentagem de água no solo
em 31 de agosto de 2017

O mapa ao lado mostra a percentagem de água no solo em 31 de agosto de 2017 em relação à capacidade de água utilizável pelas plantas.
Como se observa, a situação de carência de água era, de forma desigual, generalizada a quase todo o país continental.
Um mês depois, o agravamento era inegável em especial no sul do país.

Boletim meteorológico para a agricultura

Percentagem de água no solo

em 30 de setembro