quarta-feira, 27 de dezembro de 2017

Será que o Oceano Atlântico está destinado a desaparecer?

Imagem retirada da revista Science & Vie, nº20 -"La mer & les océans" 
David Humbert e Adeline Colonat, assinam,  na edição online da revista Science & Vie, em 17 de dezembro de 2017, uma notícia relacionada com o artigo LA MER & LES OCÉANS ser mystères, ser bienfaits, ses dangers, ses plaisirs ... publicado na revista trimestral nº 20 (julho, agosto e setembro de 2016), e, segundo a qual, o Oceano Atlântico poderá desaparecer por força da movimentação das placas tectónicas.
Relembrando as datas de 1755, 1969 e 2007 em que ocorreram três violentos sismos ao largo da costa portuguesa e associando-as à descoberta de fraturas no fundo oceânico ao nível da bacia de Gorringe, localizada a sudoeste da península ibérica, há geólogos que apontam para fortes probabilidades do Atlântico estar a partir-se em dois e a desaparecer daqui a uns milhões de anos.
No mesmo sentido dirigem-se as previsões de geólogos portugueses e australianos. Num artigo da autoria de Nuno Patrício, Pedro Pina e Sara Piteira, da RTP (Rádio Televisão Portuguesa), em 31 de dezembro de 2016, tal teoria é exposta bem documentada por apontamentos vídeo, por exemplo, com testemunhos do geólogo João Duarte, do Departamento de Geologia da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa, e por vários esquemas elucidativos das afirmações assumidas. Com o título:
O Atlântico pode morrer para dar à luz um novo supercontinente
o grupo de cientistas que sustentam esta previsão estimam que, dentro de 300 milhões de anos, surgirá o Aurica (Austrália+América) em consequência do fecho simultâneo dos oceanos Atlântico e Pacífico.

Já sabemos que a tectónica de placas é um conjunto de movimentos incessantes mas a ritmos tão, tão lentos que as escalas de tempo, do homem e do planeta, parecem incongruentes. Um humano centenário é, ainda, uma ocorrência extraordinária mas, de todo, inviável de ser comparada com os períodos de tempo geológicos do interior crosta terrestre. Só os sismos e os vulcões podem ser vividos. Os restantes, os movimentos estático, só laboratorialmente simulados podemos ousar ver.
Deste artigo podemos, entre a sua variada informação, extrair algumas das razões que são apontadas para o desaparecimento do Atlântico:

"O alastramento oceânico tem um período de maior atividade de mais ou menos 200 milhões de anos, sendo que depois a litosfera oceânica vai enfraquecendo. Com o tempo formam-se então novas zonas de subducção nas margens dos continentes. O que provoca o efeito contrário e o "encerramento oceânico."

Com uma idade a rondar os 200 milhões de anos, no Atlântico começam a surgir evidências físicas de que, mais tarde ou mais cedo, o oceano começará a fechar-se sobre si mesmo. Sinais disto são as duas zonas de subducção totalmente desenvolvidas: o Arco da Escócia e o Arco das Pequenas Antilhas.

Agora os geólogos que apresentam a teoria de formação continental Aurica afirmam existir uma nova zona de subducção que poderá estar a formar-se ao largo da margem sudoeste ibérica, designada por falha de Marquês de Pombal, entre o Banco de Gorringe e a 130 quilómetros a oeste do Cabo de São Vicente, que apanha território português.
 

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