sábado, 30 de dezembro de 2017

Um novo oceano em formação?

© NASA/WikiCommons/CC0
Karine Jacquet (edição da revista Science & Vie , 24/12/2017) apresenta o resumo de um artigo que nos dá conta do "nascimento" de um novo oceano, algo que sucederá daqui a 1 a 2 milhões de anos, após um longuíssimo e persistente trabalho das placas tectónicas na região do Corno de África.
Segundo os geólogos que estudam este fenómeno, tudo terá começado em 2005 em consequência do despertar do vulcão Dabbahu. Desde então, uma brecha abriu-se no deserto de Afar, um dos mais quentes e secos, localizado no NE da Etiópia, por onde o magma se infiltra e "vai forçando" a separação entre as duas margens da abertura. Como esta região se encontra junto ao Mar Vermelho, pensa-se que, quando o momento chegar, serão águas deste mar que invadirão a bacia que servirá de fundo do novo oceano.


Science reporter, 25 Junho 2010), assinou, também, um texto sobre este acontecimento geológico. O repórter escreve que "Uma fenda de 60 km abriu na Etiópia em 2005 e tem-se expandindo desde então ... África é testemunha do nascimento de um novo oceano, segundo cientistas da Royal Society... Os geólogos que trabalham na remota região de Afar da Etiópia dizem que o oceano acabará por dividir o continente africano em dois..."


Na Wikipedia, igualmente, há referência ao caso e é possível observar várias imagens que permitem uma melhor perceção da área do Corno de África onde está a decorrer o aparecimento, ainda muito precoce, do que virá a ser um novo oceano.
Albertine Rift, um ramo ocidental do Grande Vale do Afundamento.
Imagem by Christoph Hormann (http://earth.imagico.de/view.php?site=rift2a)
[CC BY-SA 3.0 (http://creativecommons.org/licenses/by-sa/3.0)], via Wikimedia
Commons



"Terra ganha novo oceano" , publicado em fevereiro de 2015 pelo blog Livro do Mundo, dá uma perspetiva mais ampla das fragilidades tectónicas desta vasta área do África oriental, apelidada de Grande Vale do Rift (Great Rift Valley). Trata-se de uma extensão territorial que vai desde a Somália e a Etiópia até Moçambique marcada pela existência das maiores altitudes no continente, de uma vasta depressão, de lagos, um conjunto de evidências próprias da instabilidade provocada pela proximidade das margens das placas tectónicas, neste caso, a placa africana e a placa arábica.

 

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