segunda-feira, 22 de janeiro de 2018

"Cenário Terramoto 1755"


A propósito do sismo ocorrido em 15 de janeiro de 2018, a NE de Arraiolos, no Alentejo, com uma magnitude de 4,9 na escala de Richter, muitos orgãos de comunicação social lembraram o terrífico sismo de 1 de novembro de 1755. Os vídeos que acompanham esta publicação encontram-se disponíveis no Youtube e ilustram bem as razões da forte sismicidade que caraterizam a região Sul do nosso país, particularmente, a região de Lisboa e o Algarve.
O primeiro, da autoria da professora Joana Torres, desenvolve a vertente científica. O segundo, é uma reconstituição virtual do que se terá passado aquando do terramoto de 1755, de magnitude 8,9, e da autoria do Smithsonian Channel.

Voltando ao sismo ocorrido há poucos dias, podemos ler, na notícia publicada pelo IPMA - Instituto Português do Mar e da Atmosfera, que
Este sismo ocorre numa conhecida área de sismicidade, designada habitualmente por “cluster sísmico” de Arraiolos, onde os acidentes morfológicos e os estudos geológicos apontam para uma orientação dominante WNW-ESE. A origem destes sismos está associada a uma zona de transição entre uma área relativamente calma sismicamente a norte, e uma área mais ativa sismicamente a Sul, dentro de uma zona denominada “Zona de Ossa-Morena”, caracterizada por soco Paleozóico da Península Ibérica que no Alentejo apresenta falhas orogénicas WNW-ESE ... A morfologia e em particular a rede drenagem tem a mesma orientação desta fracturação
Lembremos que, orientação sensivelmente NW/SE, quer de fraturas e falhas, quer de serras quartzíticas, é da responsabilidade do enrugamento hercínico que originou a unidade geológica que designámos por Maciço Antigo, no texto acima, identificado como soco Paleozóico.
 

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