Na edição digital de 20 de março de 2018, da revista Science Et Avenir, Nina Schretr e Sarah Sermondadaz assinam um artigo sobre o aproveitamento da energia solar. Como diz o título da infografia - um planisfério interativo - "Os países que poderiam tirar maior proveito da energia solar são, frequentemente, os menos bem equipados", uma constatação que nos remete, de novo, para as assimetrias de crescimento económico e de desenvolvimento humano à escala global.
Todavia, há quem se preocupe em soluções para ultrapassar esta realidade. As autoras referem, a propósito, a realização da cimeira mundial da ASI - International Solar Alliance - em 12 de março de 2018, em Nova Delhi, capital do Estado Indiano, onde foi discutido, entre outros, um objetivo: desenvolver o uso de energia solar nos 121 países localizados entre os trópicos de Câncer e Capricórnio, onde, ao longo do ano, se contabilizam 300 dias de sol.
Já os países industrializados, que recebem menos quantidade de luz pela sua localização no globo, conseguem paradoxalmente fornecer muito eletricidade a partir da energia solar. Em termos comparativos, a Alemanha, por exemplo, tinha, em 2016, 39 636 megawatts de potência instalada. A Indonésia e o Mali não ultrapassaram 12 MW.