domingo, 19 de agosto de 2018

População muito idosa duplicou em duas décadas

Fonte de dados: Boletim Mensal de Estatística - Junho 2018
Alexandra Campos (edição Público de 27/agosto/2017) assina um artigo de cariz demográfico que reforça a constatação, não só, do envelhecimento populacional mas, também, do agravamento da longevidade. Aliás, os dados mais recentes mostram que a tendência consolida-se por força do baixo número de nados vivos e os valores negativos dos saldos naturais mensais (como se aprecia no gráfico ao lado). A análise dos gráficos que acompanham o artigo citado já nos demonstravam o quanto temos envelhecido por força das quebras da natalidade e da fecundidade, por um lado, e do aumento da esperança média de vida, pelo outro lado. 

"População muito idosa duplicou em duas décadas"
Vejamos a evolução demográfica por grupos etários: de 2013 para 2060 projeta-se redução de população até aos 64 anos de idade e aumento nos grupos etários a partir dos 65 anos.
Mais, o maior acréscimo prevê-se para o escalão quaternário, isto é, para as pessoas com mais de 80 anos de idade. 
Hoje fala-se muito do abandono do Interior, do seu despovoamento. Ora, ao contrário do discurso político atual, o problema não é recente. Vemos no gráfico da evolução e projeção da esperança média de vida que o país sofre alterações na composição da sua população que se começaram a desenhar com mais nitidez desde os anos 60 do século XX. Em 50 anos (1960/2010), as mulheres aumentaram a EMV em 16 anos e os homens em 15,8 anos.








Nestes outros gráficos, confirma-se a marcha do envelhecimento e da longevidade e, ainda, que são diferentes entre homens, com valores de progressão bastante inferiores em relação às mulheres. Globalmente, a prova numérica desta realidade: em 1991 registavam-se 268 780 com mais de 80 anos de idade; passados 25 anos já eram 632 921 octogenários ou com mais idade.                                      
E o problema estende-se pela Europa comunitária. A ritmos diferenciados, cada um dos Estados-membros observa o aumento absoluto dos de mais de 80 anos de idade, com destaque para a Alemanha, a Itália, o Reino Unido  e a Espanha.













 Resumo dos problemas derivados do maior número de idosos na população total: mais despesas com a saúde e os cuidados continuados.






 

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