Fonte de dados: Boletim Mensal de Estatística - Junho 2018 |
"População muito idosa duplicou em duas décadas" |
Mais, o maior acréscimo prevê-se para o escalão quaternário, isto é, para as pessoas com mais de 80 anos de idade.
Hoje fala-se muito do abandono do Interior, do seu despovoamento. Ora, ao contrário do discurso político atual, o problema não é recente. Vemos no gráfico da evolução e projeção da esperança média de vida que o país sofre alterações na composição da sua população que se começaram a desenhar com mais nitidez desde os anos 60 do século XX. Em 50 anos (1960/2010), as mulheres aumentaram a EMV em 16 anos e os homens em 15,8 anos.
Nestes outros gráficos, confirma-se a marcha do envelhecimento e da longevidade e, ainda, que são diferentes entre homens, com valores de progressão bastante inferiores em relação às mulheres. Globalmente, a prova numérica desta realidade: em 1991 registavam-se 268 780 com mais de 80 anos de idade; passados 25 anos já eram 632 921 octogenários ou com mais idade.
E o problema estende-se pela Europa comunitária. A ritmos diferenciados, cada um dos Estados-membros observa o aumento absoluto dos de mais de 80 anos de idade, com destaque para a Alemanha, a Itália, o Reino Unido e a Espanha.