Envelhecimento no Século XXI: Celebração e Desafio |
ocasionar:
- 2 pessoas por segundo celebram o seu sexagésimo aniversário
- 58 milhões de novos sexagenários registam-se em cada ano
- 1 em cada 9 pessoas no mundo tem 60 anos de idade ou mais
- 1 em cada 5 pessoas no mundo terá 60 anos de idade ou mais por volta de 2050
- o envelhecimento progride mais rapidamente nos países em desenvolvimento
- de 15 países com mais de 10 milhões de idosos (2012), 7 são países em desenvolvimento
- em 2010-2015, a EMV era de 78 anos nos países desenvolvidos e 68 anos nas regiões em desenvolvimento
- em 2045-2050, os recém-nascidos terão um expectativa de viver até a0s 83 anos nas regiões desenvolvidas e 74 anos nas regiões em desenvolvimento
- regionalmente há diferenças:
- em 2012
- 6% da população africana tinha 60 anos ou mais
- 10% na América Latina e Caribe
- 11% na Ásia
- 15% na Oceania
- 19% na América do Norte
- 22% na Europa
- em 2050 estima-se que
- 10% da população africana terá 60 anos ou mais
- 24% na Ásia
- 24% na Oceanis
- 25% na América Latina e Caribe
- 27% na América do Norte
- 34% na Europa
- para cada 100 mulheres com 60 anos ou mais em todo o mundo há 84 homens
- para cada 100 mulheres com 80 ou mais anos existem apenas 61 homens
Num outro artigo, de José Miguel Leonardo, o autor refere-se a este fenómeno demográfico como o "O milagre do século XXI" (edição de 4 de agosto, semanário Expresso). E que milagre é esse? Nada mais nada menos do que o extraordinário aumento da esperança de vida que se tem vindo a registar, em particular, na geografia europeia. As estatísticas assim o corroboram. Por exemplo, no:
- início do séc. XIX, 25% das pessoas viviam até aos 60 anos
- em 2010, mais de 90% das pessoas já tinha mais de 60 anos
- hoje, sexagenários são considerados de meia idade e desempenham funções e tarefas que, há décadas atrás, só eram apanágio de pessoas muito mais jovens
Numa perspetiva meramente política e economista, o envelhecimento é negativo na produtividade e na capacidade de inovar uma vez que o nível de competências individual vai diminuindo.
No entanto, outros há que divergem desta visão e defendem outras perspetivas. Um dos exemplos paradigmáticos foi protagonizado por Peter Drucker (1909-2005), considerado o pai da administração moderna, que trabalhou até aos 96 anos, saudável e com vitalidade, e que afirmou que no futuro as transformações mais importante para a vida das pessoas não seriam nem a globalização nem as novas tecnologias mas antes aquilo a que chamou o milagre do séc. XXI: o extraordinário aumento da esperança de vida.
Kurt Kurzweil, um respeitado professor e futurista americano, acredita que entre 2020 e 2050 existirão avanços tão importantes na longevidade que a espécie humana terá uma vida mais produtiva e mais longa à medida que o desenvolvimento da medicina e das nanotecnologias for progredindo para níveis inimagináveis.