segunda-feira, 8 de fevereiro de 2021

Afinal, Portugal é um país centralizado, ou não?

 

O debate
A Fundação Francisco Manuel dos Santos - FFMS - continua, mesmo em plena pandemia, a divulgar temáticas de grande interesse para a sociedade portuguesa suscitando, com isso, debates que proporcionam um mais real conhecimento do nosso país. Neste caso, o encontro na Praça da Fundação, permitiu uma troca de ideias a propósito do lançamento do ensaio Descentralização e Poder Local em Portugal, da autoria de Filipe Teles - Doutorado em Ciências Políticas. Docente na Universidade de Aveiro, onde desempenha, atualmente, a função de Pró-reitor para o desenvolvimento regional e política de cidades. Um assunto pertinente subjacente a um problema antigo que suscita, frequentemente, acesas intervenções em diversos quadrantes, da economia à política, da cultura aos apoios

comunitários, dos privilégios de áreas geográficas restritas mas ricas ao abandono das vastas porções do território que são preteridas pelo "efeito de buraco negro" exercido por Lisboa, uma adequada expressão que podemos ouvir no vídeo e dita pelo Professor Álvaro Domingues, geógrafo, outro dos intervenientes.

Entre os 6 e os 10min., os 20 e os 26min.e os 40 e 47min., permito-me destacar (como professora de Geografia que me continuo a sentir) as três intervenções do Prof Álvaro Domingues e algumas das perspectivas que nelas identifiquei. Para além da analogia da captura de recursos e importância que Lisboa se presume com "o efeito de buraco negro" e os reflexos negativos dessa postura no ecossistema nacional, sublinho a necessidade de se atender à importância das escalas geográficas ligadas à representação territorial como, ainda, a urgência em valorizar uma cartografia da urbanização mais ajustável à existência de "galáxias de urbanização", em vez da insistência no conceito de cidade. Para o Professor, não há uma Geografia Administrativa que se ajuste à realidade.


 

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