Furacões, ventos e tendências

São abundantes as manifestações que apontam para a contribuição do Homem na aceleração das alterações climáticas. Entre os fenómenos naturais que afetam, em especial, as regiões tropicais e sub-tropicais, os furacões indiciam uma tendência para uma maior violência dos ventos que provocam e as destruições que podem ocasionar. A principal causa é, segundo os especialistas, o aumento da temperatura o que resulta em maior evaporação e, por conseguinte, uma maior alimentação dos ciclones tropicais ao longo do seu percurso. De facto, falemos de depressões tropicais, tempestades tropicais, furacões ou tufões, tratam-se de ciclones tropicais, logo, fenómenos meteorológicos com origem nas latitudes mais baixas. Cada um deles constitui um sistema climático, um centro rotativo de baixas pressões, de ventos mais ou menos violentos. Como distingui-los? Existe uma escala - Escala Saffir-Simpson - com 5 categorias (1 a 5), que vigora há algumas décadas e que permite, baseando-se na intensidade dos ventos, classificar o grau de intensidade de um ciclone e atribuir-lhe o nome:

• Depressão tropical com ventos à superfície a velocidade máxima inferior a 63Km/h
• Tempestade tropical com ventos entre os 63Km/h e os 119Km/h
• Furacões se os ventos ultrapassarem os 120Km/h.

Ora, sucede, que há registos de furacões mais recentes onde os ventos chegaram a 250Km/h. O facto de tal ser mais habitual e ser necessário lançar avisos às populações que traduzam a maior gravidade que tais tempestades podem acarretar, tem suscitado a vantagem de ser alargada a referida escala para 6 categorias.

Além da diversidade de categoria em conformidade com a intensidade do vento, fazem-se, ainda, distinções quanto à origem geográfica. Os furacões têm uma localização no Oceano Atlântico, Mar das Caraíbas, Golfo do México e, também, no NE do Pacífico, às vezes, no Centro Pacífico Norte. Os tufões originam-se na Bacia NW do Pacífico, entre os 180º e 100ºE.