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Douro tenderá a deslocar vinha para zonas altas devido às alterações climáticas
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ELZA AUER/GETTY |
Na edição de 19 de julho de 2018, o Expresso publicou a notícia oriunda da LUSA e que foca as preocupações dos produtores vinícolas e autoridades da Comunidade Intermunicipal do Douro (CIM Douro), a qual representa 19 municípios. Reunidos em Tabuaço, apresentaram o Plano de Ação Intermunicipal para as Alterações Climáticas no Douro (PAIAC Douro) que aponta para formas de adaptação como resposta às alterações climáticas que já se fazem sentir. De facto,
- As projeções climáticas apontam para uma diminuição da precipitação média anual no final do século XXI nos países do Sul da Europa, para secas mais frequentes e intensas, para ondas de calor e o aumento de fenómenos extremos, em particular de precipitação muito intensa e, logo, mais episódios de cheias e inundações.
- O Douro terá que apostar na seleção de materiais vegetais mais adaptados ao 'stress' térmico e hídrico, e na alteração de práticas culturais e de sistemas de condução, de forma a otimizar e reduzir o consumo de água pela cultura e, assim, aumentar a eficiência do uso da água.
- Deverá, ainda, enveredar pela diversificação da produção para tirar proveito da antecipação da fenologia (uva de mesa ou uva para passa), a instalação de porta enxertos mais resistentes à carência hídrica, pela adequação das estratégias de rega deficitária em vinha, e por um maior controlo das pragas e doenças.
- No Alto Douro Vinhateiro dever-se-á deslocalizar vinhas para latitudes mais elevadas, ou seja, para zonas mais altas e frescas, transformando parte da atual paisagem classificada pela UNESCO.
- Relativamente à olivicultura, uma produção também importante para o Douro, sugerem-se práticas culturais como a rega, fertilização e controlo fitossanitário para mitigar os efeitos das alterações climáticas.