sábado, 11 de agosto de 2018

Urtigas, algas, insetos, alforrecas e carapau farão parte do menu

SeaFood_Tomorrow
Na edição de 14 de julho de 2018, no Expresso, Carla Tomás assina a notícia com este título algo espantoso. Urtigas? Insetos? Alforrecas? Não são alimentos vulgares na nossa dieta nacional porém, a sobre-exploração do oceano, a produção intensiva de carne e os efeitos das alterações climáticas estão a exigir a descoberta, ou introdução de hábitos alimentares importados, de novos produtos que possam satisfazer sustentávelmente as necessidades da população mundial. Do texto da notícia destacamos:


  • como alimentar uma população global que chegará aos 10 mil milhões em meados do século XXI?
  • Portugal deixou de ser autossuficiente em pescado há dois meses e a Europa tem de recorrer a importações de outros continentes para se abastecer de peixe e marisco até ao fim do ano. Como diminuir essa dependência?
  • Em termos globais, em 1950 cada pessoa comia perto de 7 kg de peixe por ano, atualmente come 20 kg, e em Portugal sobe para 55 kg. Como é que o mercado pode  “definir novos recursos economicamente viáveis"?

Como é fácil de perceber, as questões formuladas são transversais a  diferentes escalas geográficas, local, nacional, ccontinental e global. À escala comunitária, António Marques, investigador do Instituto Português do Mar e Atmosfera (IPMA) coordena um programa europeu que desenvolve processos e tecnologias para fortificar o pescado produzido em aquacultura com nutrientes como o iodo ou o omega 3, assim como criar sensores que permitam controlar as toxinas em bivalves. Esse programa pode ser acompanhado no sítio oficial - https://seafoodtomorrow.eu - e, aqui, podemos constatar que:

  • O objetivo é responder à procura de frutos do mar que, até 2050, deverá duplicar
  • O processo deve ser social, económica e ambientalmente sustentáveis
  • A metodologia deve prosseguir métodos de produção e processamento comprovadamente científicos e tecnologicamente apurados.
 

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