terça-feira, 28 de agosto de 2018

Portocêntrico: a "bicefalia" expressa pelas áreas metropolitanas

Em 19 de outubro do ano de 2010, Nuno Gomes Lopes publicou este mapa da densidade populacional de Portugal e da região da Galiza (uma cartografia algo diferente do que estamos habituados a ver com mais frequência, acrescento).
No texto que acompanha este mapa podemos ler que:
  • os dados usados na sua elaboração respeitam ao ano de 2009
  • os círculos foram definidos com mais exatidão - 40, 80 e 120 km
  • a mancha mais clara corresponde a +600 habitantes por quilómetro quadrado
  • existiam, então, mais de 5,3 milhões de habitantes a morar a menos de 120 km do Porto
  • a cidade do Porto é o centro de uma megarregião e, a sua área envolvente, uma das maiores regiões urbanas ibéricas.
Já noutra página do mesmo autor, onde surge um mapa com as megarregiões europeias, ficamos a saber que se deve, a Richard Florida, o conceito de mega-regiões, um termo baseado na relação entre a intensidade luminosa e o PIB (LRP) e o reconhecimento das 40 regiões mais importantes do Mundo.

Embora aceite que a análise feita por Florida não é a mais científica, Nuno Gomes Lopes considera ser a que chega a
resultados mais convincentes:
  • sem fronteiras
  • sem regiões tradicionais
  • sem obsessão com as grandes cidades
  • analisando a pura realidade
  • atendendo às razões históricas e linguísticas.
Sem grande surpresa, as regiões têm razões de ser históricas e linguísticas. O Império Austro-Húngaro subsiste nas mega-regiões de Praga (Boémia) e Viena-Budapeste. A quarta maior mega-região do Mundo e a maior da Europa, a de Amsterdão-Bruxelas-Antuérpia, é a mancha dos falantes do neerlandês, englobando também o Ruhrgebiet alemão.

Há várias novidades nessa abordagem de Florida. A primeira é que ele reúne uma avalanche de dados para ilustrar a tese de concentração humana, econômica e intelectual em aglomerados de cidades - como Riopaulo -, que ele chama de megarregiões. Essas informações são resumidas em quatro tipos de mapas globais. Eles mostram as maiores aglomerações humanas, os picos de atividade econômica (baseada em luz elétrica, detectada por satélites), as áreas de ocorrência de inovações (com base em patentes) e a concentração de cientistas 
 

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