quinta-feira, 25 de abril de 2019

Do PNCT, um mini-atlas de Portugal (1)

1. A ocupação do solo (CLC 2006) e a população empregada no setor primário (%) (2011);
VAB da fileira agricultura, produção animal, caça, floresta e pesca (2014)
(Fontes: DGT; INE) (elaboração UMVI) 
Conjunto de mapas selecionados do estudo "O Interior em Números". Intitulo a seleção de mini-atlas de Portugal e, por comodidade, estende-la-ei por mais do que uma postagem.
1. O peso económico da agricultura, da produção animal, da floresta, da caça e da pesca no VAB nacional é 2% em Portugal continental. É no sul, no Alentejo (Alentejo litoral, Alentejo central e 
Alto Alentejo) e na Lezíria do Tejo que o contributo deste setor de atividade é mais elevado (entre 9 e 10%). Seguem-se as regiões do Douro, Trás-os-Montes, Oeste e Baixo Alentejo com valores que oscilam entre os 6 e os 9%. Pese embora se tratem de regiões com predomínio de solos agrícolas e florestais, o
peso da atividade na economia e no emprego não é correspondente (...)Para tal contribui o abandono da terra e a inerente falta de produtividade. A estreita relação entre a produção do setor primário, a população rural e a ocupação do solo, já não existe. 


Portugal deverá ver reduzidos os seus efetivos populacionais nos próximos 50 anos, numa taxa percentual que oscila entre os 2% e os 27%, a que se associa um contínuo envelhecimento da população. Todo o território nacional terá uma população idosa com um peso entre 28 e 40% da população total. Em 2050, ainda, todas as regiões verão reduzido o peso da população ativa, que não ultrapassará os 58%. 




2. Indicadores de população ao nível das regiões NUT III (Fontes: INE) (elaboração UMVI) 



Nota: À UMVI - Unidade de Missão para a Valorização do Interior - incumbecriar, implementar e supervisionar um programa nacional para a coesão territorial bem como promover medidas de desenvolvimento do território do interior de natureza interministerial

3. Distribuição das cidades, vilas e aldeias no território nacional; Índice de concentração 
de população em cidades20 (%) (2015) e simplifica informação relativa às 
centralidades e áreas de influência do sistema urbano principal aglomerados
principais) (adaptado de INE21 e PROT’s) (Fontes: INE; DGT; CCDR’s) 
(elaboração UMVI) 
Portugal tem grande parte da sua população concentrada nas cidades. Os sistemas metropolitanos de Lisboa e do Porto distinguem-se pela sua complexidade, mas o território não metropolitano estrutura-se do mesmo modo em torno das cidades. O elemento urbano assegura um conjunto de bens e serviços, educação, saúde, entre outros, e configura o território em função do acesso a esses mesmos serviços. Portugal tem 146 cidades e 552 vilas, concentradas maioritariamente a norte do rio Tejo, AML incluída. A concentração de aldeias também é significativamente maior no norte do país. As vilas são, também, à sua escala, fundamentais no acesso a bens e serviços, pela sua dotação obrigatória para uma série de equipamentos, entre os quais, postos de assistência médica, farmácia, estabelecimentos de ensino que ministrem escolaridade obrigatória, transportes públicos coletivos, entre outros. A tendência é para uma concentração da população num conjunto de cidades de média dimensão, onde o acesso a bens e serviços é facilitado pela proximidade, e a qualidade e o nível de vida continuam a evoluir favoravelmente 
O Índice de concentração de população residente em cidades em Portugal continental é de 43,68 %, ou seja, quase metade da população residente vive em cidades. As regiões do Cávado e de Viseu, Dão Lafões são aquelas que apresentam maior concentração de população residente nas suas cidades, cerca de 50%. Todas as outras regiões apresentam valores a rondar os 30-40%, com exceção das NUT Alentejo litoral, Alto Alentejo, Médio Tejo e Oeste que estão abaixo dos 20%. 
O INE, em 2004, elaborou uma síntese de organização do território de acordo com as áreas de influência do sistema urbano principal para funções especializadas e muito especializadas. Considera funções de nível superior, por exemplo, a presença de um hospital central ... e especializações de nível inferior, por exemplo, a presença de mini-mercado/mercearia ...
O interior do país está funcionalmente organizado em torno de um número reduzido de centros urbanos ... 9 centros urbanos visando a aquisição de funções muito especializadas, a saber: Beja, Évora, Castelo Branco, Coimbra, Guarda, Portalegre, Bragança, Viseu e Setúbal. O litoral, bastante mais complexo, organiza-se em torno de 17 áreas de influência (Lisboa, Porto, Coimbra, Braga, Vila Nova de Gaia, Sintra, Viseu, Amadora, Aveiro, Setúbal, Guimarães, Leiria, Almada, Santarém, Santa Maria da Feira e Cascais). 
 

Blog Archive

Número total de visualizações de páginas