domingo, 28 de abril de 2019

Do PNCT, um mini-atlas de Portugal (3)

Variação da população residente entre 1960 e 2011 no país e
nos Territórios do Interior (Fonte: INE) (elaboração UMVI) 
No capítulo da demografia, o PNCT (Plano Nacional para Coesão Territorial) diz-nos, por exemplo, que:
  • Entre 1960 e 2011, a população residente portuguesa aumentou aproximadamente 20%
  •  No conjunto dos territórios do interior a tendência é inversa com  uma perda na ordem dos 30%
  • Do total dos concelhos do interior, apenas Évora, Fafe, Lousã, Vila Nova da Barquinha, Vila Real e Vila Verde registam um aumento na população residente de 13%, 16%, 27%, 12%, 9% e 13%, respetivamente 

  • Idanha-a-Nova, Mação, Mértola, Miranda do Douro, Montalegre, Oleiros, Ourique, Pampilhosa da Serra, Penamacor e Vinhais são os concelhos com maiores perdas, todas superiores a 60%
  • No restante território a população residente aumentou aproximadamente 50%
  • Contudo, houve perdas em 16 concelhos, entre eles, os de  Lisboa e Porto com perdas na ordem dos 32 e 22%, respetivamente
  • O concelho do Seixal, ao contrário, teve um ganho de quase 700% na população residente 
  • São os concelhos “satélite” das duas regiões metropolitanas, Lisboa e Porto, que mais ganhos apresentam na população residente, bem como alguns algarvios
  • Entre 2001-2011, a população residente portuguesa cresce apenas cerca de 2% 
  • No interior, as perdas rondam os 7%, verificando-se no restante território nacional um ganho médio de 4%. 
  • São 14 os territórios do interior com ganhos na população residente, entre os quais se destaca a Lousã e Aljezur com 12 e 11%, respetivamente, e algumas capitais de distrito, a saber: Bragança, Castelo Branco, Évora, Beja e Vila Real
  • Os concelhos de Albufeira, Alcochete, Mafra, Montijo e Sesimbra, no lado oposto, registam o maior ganho, entre 30 e 40%.
O declínio e o envelhecimento da população residente é, sem dúvida, uma tendência europeia, sendo a Península Ibérica uma das regiões com Índice de Dependência de Idosos mais elevado. 

  • A alteração da estrutura etária da população permite facilmente verificar que o país está a envelhecer
  • Entre 1981 e 2011, a população jovem regrediu 11%, a população ativa aumentou sensivelmente 1%, e a população idosa cresceu quase 10% no conjunto dos concelhos de Portugal continental. 
  • Este facto é tanto mais preocupante quando associado à progressão de fluxos migratórios locais e/ou regionais que, naturalmente, impelem a população ativa no sentido das cidades de média/grande dimensão e/ou do litoral. 
Evolução do peso (%) de dois dos grandes grupos etários, dos 0 aos 14 
e mais de 65 anos, em Portugal continental nos últimos 30 anos (entre 1981 e 2011) 
(Fonte: INE, dados censitários) (elaboração UMVI) 






  • No norte do país verifica-se a maior redução do peso de jovens
  • No interior centro e norte verificam-se os maiores ganhos na população com mais de 65 anos
  • O decréscimo generalizado da população jovem e o aumento claro da população idosa são indicadores da dificuldade da renovação geracional em grande parte do território nacional
  • Os Índices de Envelhecimento, de Dependência de Idosos e de Longevidade (Ano 2015) (Fonte: INE) (elaboração UMVI), atingem os valores mais elevados nos concelhos localizados no Interior.

 

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