domingo, 28 de abril de 2019

Do PNCT, um mini-atlas de Portugal (4)

Taxa de crescimento migratório e taxa de crescimento natural, 
entre 2011e 2015 (Fonte: INE) (elaboração UMVI) 
Voltando, de novo, à publicação "O Interior em números", temos dois novos mapas que mostram que:
  • as regiões com sérios problemas de despovoamento apresentam saldos migratórios negativos
  • as regiões que registam algum crescimento na população residente, têm saldos migratórios positivos
  • a região interior centro, onde se registam perdas consideráveis da população residente, apresenta taxas de crescimento migratório positivas
  • a região interior centro em conjunto com o Algarve e o litoral centro, são as únicas com tendência para taxas de crescimento migratórias positivas
  •  apenas algumas regiões satélite das cidades de Lisboa e Porto têm saldo de crescimento natural positivo
  • em todo o interior, grosso modo, as taxas de crescimento natural são negativas. 
Genericamente, considera-se que, em Portugal, tal como na Europa, as migrações internas são o fator mais significativo na dinâmica demográfica e na configuração territorial atual. O crescimento natural da população não terá impacto na estrutura demográfica, mas sim as migrações, internacionais e internas. Por exemplo, os dados coletados revelam que, dos 60 concelhos do interior que apresentam taxa de crescimento migratória positiva, nenhum deles tem taxa de crescimento natural positiva:


Outros indicadores corroboram as assimetrias entre o litoral e o interior. É o caso da escolaridade e as suas várias incidências. O abandono escolar assume valores máximos em 4 concelhos do interior (Aljustrel, Freixo de Espada a Cinta, Gavião e Idanha-a-Nova). Na classe seguinte, entre os 3 e 4 %, enquadram-se 13 concelhos, todos do interior, com exceção de Espinho. Na taxa de analfabetismo, existem alguns enclaves no interior, num total de 23 municípios com níveis ainda elevados (entre 14 e 20%). Contudo, apenas 2 concelhos têm taxas de analfabetismos superiores a 20% (Idanha-a-Nova e Penamacor). Onde existem baixos níveis de analfabetismo é observável um elevado grau de escolaridade da população, em concreto, ao nível do ensino superior.


 

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