segunda-feira, 29 de abril de 2019

Do PNCT, um mini-atlas de Portugal (5)

Tendências demográficas. (elaboração UMVI) 
No Plano Nacional para a Coesão Territorial, um dos mapas bastante interessante a analisar é o que se refere às "Tendências demográficas". Segundo o texto, são 39 os concelhos que enfrentam problemas de muito forte despovoamento, todos eles incluídos no limite dos territórios do interior, e 65 classificados como com tendência de forte despovoamento. Nos últimos, apenas 2 não estão no interior (Porto e Anadia). É essencialmente o litoral e os concelhos interiores capitais de distrito que não apresentam tendência de despovoamento. 
Do estudo diagnóstico prospectivo realizado pelo Grupo de Estudos em Território e Inovação (Universidade de Aveiro) para a UMVI (Unidade de Missão para Valorização do Interior) - “A demografia do interior do país: 2011-2040” - o PNCT retirou três mapas que contribuem para reafirmar estas tendências face aos dados demográficos recolhidos.


Diagnóstico prospetivo: “A demografia do interior do país: 2011-2040”
 (Fontes: A demografia do interior do país: 2011-2040) (elaboração UMVI) 
A leitura cartográfica leva a verificar que são poucos os municípios do interior com tendência positiva de crescimento da população total, correspondendo na sua maioria a capitais de distrito (cor verde). O restante território interior enfrentará perdas elevadas de população. Em 14 concelhos esperam-se perdas superiores a 40% (Alcoutim, Almeida, Castanheira de Pera, Figueiró dos Vinhos, Idanha-a-Nova, Manteigas, Meda, Monchique, Montalegre, Oleiros, Pampilhosa da Serra, Penamacor, Vila Velha de Ródão e Vinhais). O grupo etário entre 0 e 20 anos, apenas na Lousã se perspetiva que a sua população jovem aumentará, sendo a região centro/norte interior aquela onde este grupo etário decrescerá mais. Relativamente à população idosa, 39 concelhos perderão população com mais de 65 anos, entre os quais 4 com perdas a rondar os 50% (Alcoutim, Idanha-a-Nova, Penamacor e Vila Velha de Ródão). Numa análise global, o interior enfrenta dinâmicas demográficas regressivas: 

  • perda de população
  • envelhecimento
  • baixa taxa de fertilidade
  • níveis de instrução da população ainda aquém dos nacionais
  • taxas migratórias incapazes de equilibrar as restantes realidades. 
 

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